sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Agosto

A facilidade com que se perde de vista o ser.
Por querer ser melhor, e consequentemente ser dois ser diferentes, sem ser nenhum deles: valendo o que valem. Nem o ofuscado, nos domínios do desejo, nem o pesado e obsessivo, lá (aqui) atrás. E acabamos por perceber que a manutenção do ser é custosa, mais vale ir sendo.
E quantas vezes só se é nos intervalos de ser.
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(Teardrop - Massive Attack)
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Depois de tão fáceis e felizes férias, não parando um segundo, retirei-me um, dois dias em minha casa, relembrando a escrita, a leitura, o cinema. (Agora que comprei uma Zon Box equipada com os quatro canais TVCine, farto-me de gravar filmes.)

Li A Identidade de Milan Kundera, os poemas que ia beberricando de vez em quando, comecei um outro livro. Vi Sliding Doors (Instantes Decisivos em português, cuja ideia inicial, provar que um qualquer momento e suas decisões divide os caminhos da nossa existência, me pareceu interessante mas pobremente explorada), Non, ou a vã glória de mandar de Manoel de Oliveira, La Moustache, e Lila dit ça.
Recomendo este último, pela sua estranheza, pela sua beleza, ou talvez pela sua estranha beleza. (em português: Entre as pernas de Lila)
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E agora posso marchar outra vez...

1 comentário:

Anónimo disse...

falaste de Non, ou a vã glória de mandar de Manoel de Oliveira, o mau pai comprou-o ontem... parece-me um filme de guerra bastante bom especialmente pela sua realidade artistica e ausência de efeitos especiais... discutimos isso depois! grande abraço